06 September, 2020

Os Melhores Álbuns do Grindcore

O grindcore de longe é um dos gêneros mais pesados existente no mundo do Metal, e ao longo dos anos foi sofrendo muito mudanças que originaram outras ramificações dentro do próprio gênero, mas é claro, sem perder a essência da brutalidade desenfreada.

Napalm Death
A banda de grindcore de maior sucesso comercial

De início o grindcore serviu como a "música de protesto", pois em sua idealização, o gênero sempre abraçou a temática politica e social, falando sobre as desigualdades, corrupção, fascismo, revolta, guerras, e etc, mas uma vez ou outra encontramos bandas de grindcore com outras temáticas mas majoritariamente vemos as letras politizadas nas composições.


Além das letras voltadas para a politica, o grindcore vem acompanhado de guitarras fazendo riffs extremamente rapidos soando como uma motosserra, bateria em constante blast-beat e vocais guturais, rasgados ou até gritados, e no geral resulta em um som bem sujo e "barulhento" que compõe essa "sinfonia da destruição". Além disso as música são extremamente curtas geralmente com uma média menos que 1 minuto.


Logo de cara já digo à vocês:

Se você não está por dentro do Grindcore, comece devagar pois o som aqui é levado ao extremo. Grindcore mal entendido leva pessoas a falarem uma sequência de besteiras.

Carcass
Criadores do Goregrind, um dos subgêneros do grindcore

O Grindcore surgiu nos anos 80, porém só ficou popularizado no início dos anos 90 com o sucesso comercial de bandas como Napalm Death, Carcass, Repulsion e Extreme Noise Terror.

Além dessas bandas, algumas bandas de Death Metal também tiverem papel essencial nas mudanças de rumos do gênero gerando outros subgêneros como o Anal Cunt, Agoraphobic Nosebleed e Terrorizer por exemplo.


Então nesta matéria estaremos apresentando pra vocês alguns dos melhores álbuns do gênero.



SCUM - 1987

Napalm Death

Aqui temos basicamente o começo de tudo com a banda mais bem sucedida comercialmente do Grindcore: Napalm Death.

Nessa época a banda estava ainda em processo de evolução saindo da fase do Hardcore Punk e entrando de cabeça no Grindcore. A evolução do ND foi gradual subindo os níveisde brutalidade a cada demo que lançavam até chegar no puro grind lançado no Scum.

O álbum é tão emblemático para o gênero que tem até um recorde registrado com a música "You Suffer" em seus inacreditáveis 1,136 segundos.

O álbum também está incluso no livro de Robert Dimery: "1001 álbuns que você precisa ouvir antes de morrer". Também aparece na lista da magazine Kerrang! dos 50 melhores álbuns britanicos de todos os tempos.



REEK OF PUTREFACTION - 1988

Carcass

Se já falamos do Napalm Death é por obrigação mencionarmos o Carcass. Aqui com o Carcass tivemos o ápice da podreira no Metal de forma geral, que na época atingiu a sexta posição no top UK Indie Charts.

Um som extremamente sujo e grotesco originou no surgimento do Goregrind Spplatter, ou simplesmente Goregrind. Aqui a banda abusou da sujeira no som e principalmente nos vocais que variam entre Bill Steer com um gutural devastador, Jeff Walker com um vocal mais rasgado e também os vocais sepulcrais de Ken Owen.

O som além de sujo, foi estragado pelo engenheiro de som, principalmente a gravação da bateria e do baixo.

Aqui diferente do grind tradicional, as letras abordam violência extrema focada em mórbidas histórias médicas, com decepações, mutilações, sangue, muita tripa e perversidade. A capa também ajudou nessa ambientação macabra, pois ela contém colagens de autopsias de jornais médicos.

Assim nascia o Goregrind que hoje é protagonizado por bandas como Haemorrhage, General Surgery, Squash Bowels, Exhumed, e mais uma porrada de bandas podres que surgiram após essa Masterpiece.

Esse álbum é perfeito para tocar no churrasco da família.



ULTIMO MONDO CANNIBALE - 1990

Impetigo

Já que o goregrind foi mencionado então vamos direto para essa outra bandas que teve uma influência expressiva ao lado do Carcass nesse subgênero: o IMPETIGO.

Dessa vez, a banda não vem da Inglaterra como as duas citadas anteriormente. Esses caras vem diretamente de Illinois nos Estados Unidos, e, diferente do Carcass o som deles é um tanto mais técnico uma vez que a banda tem um lado Death Metal mais bem apresentado em seu segundo álbum (Horror Of The Zombies, 1992).

Aqui a bateria é mais técnica do que o já visto no Carcass e as guitarras fazem riffs mais próximos do Death Metal e o vocal e um tanto cômico na variação entre o Gutural e o rasgado mais gritado.

Aqui o Impetigo tratou de influenciar uma geração de bandas que falavam sobre filmes de terror, a banda tinha o costume de usar samples de filmes de terror nas intros das músicas como pode ser visto por exemplo em "Revenge Of The Scabby Man" e "Bloody Pit Of Horror" em que são utilizados trechos do filme Ilsa, She Wolf Of The SS e em "Unadulterated Brutality" com trecho do filme The Wizard Of Gore (que é utilizado também na música "The Wizard Of Gore" presente no segundo álbum da banda).

E não galera, apesar de serem parecidos, o Jim Carrey não é o cantor do Impetigo, a semelhança dele com o Stevo Dobbins é inegável.



HACKED UP FOR BARBECUE - 1996

Mortician

Já que mencionamos os filmes de terror nas intros, não tem como deixar de falar na banda mais brutal do mundo: MORTICIAN.

Banda originaria de Yonkers, Nova York nos Estados Unidos, a banda foi fundada em 1989 sob o nome de Casket e mudou para Mortician após o lançamento da música com o mesmo nome.

Aqui, assim como o Impetigo, temos uma banda fã dos filmes gores clássicos dos anos 70,80 e 90, tanto as músicas como as artes utilizadas nas capas são focada nesse universo.

A banda é uma combinação fantástica do Vocal destruidor de Will Rahmer e os riff a la Death Metal feitos por Roger Beaujard.

E a bateria???

Bem... de inicio a banda tinha um baterista chamado Matt Sicher que foi demitido da banda e algum tempo depois veio a falecer. A banda não colocou um baterista no lugar e optou por usar uma bateria programada. E é exatamente aí que temos um ponto alto da banda:

A bateria programada permite a banda alcançar velocidades absurdas nas músicas e com toda essa combinação a banda atinge o Grindcore, Goregrind e o Death Metal, fazendo assim um som que não foi feito para ouvidos fracos.

No debut de 96 a banda demonstrou toda a brutalidade que trouxe essa banda magnífica à vida, na capa temos uma referência ao filme "The Texas Chainsaw Massacre" e também na faixa título.

A músicas "Bloodcraving" (do filme When A Stranger Calls), "Fog Of Death" (do Filme The Fog), "Witches' Cover" (do Filme Suspiria), Mortician (dos filmes Phantasm I e III), e a faixa titulo, claro, são alguns dos clássicos absolutos do álbum.



SURGICAL DISEMBOWELMENT - 1993

Dead Infection

Ainda na onda do Goregrind voamos diretamente para a Polônia, onde está um dos maiores representantes do Goregrind Mundial:

DEAD INFECTION

A banda existe desde 1988 sob o nome de Front Terror que depois foi alterado para o atual. O comandante dessa fantástica banda é Cyjan, baterista e único membro original da banda.

Ao todo o DI tem 3 álbuns de estúdio, e em nosso destaque temos o álbum Surgical Disembowelment lançado em 1993 e veio a vida através de um acordo para ser lançado com um selo não europeu.

E enfim.... a aposta deles deu certo, o grindcore de qualidade deu a banda a fama que ela tem hoje, e digamos que eles não tem o som tão sujo quanto o Carcass ou o Impetigo, são muito mais apegados ao grind tradicional, mas tem um porém.....

Aqui as músicas não são curtas como nas outras bandas aq nesse album a média é de uns 3 minutos por música distribuidos para 9 músicas no total.

Aqui vale destaque os riffs iniciais das músicas que são extremamente bem trabalhados e mais longos até o momento em que o cantos começar a agir, além disso a bateria não é unicamente blast-beats, também ocorre uma variação de tempo, técnica e andamento com o decorrer da música.



MATANDO GÜEROS - 1993

Brujeria

Ainda no ano 1993 mas desta vez indo direto para o México com essa banda que é quase uma "Dream Band" no mundo do Metal.

Chamando a atenção pelas suas letras que se vangloriam do Ódio, Satanismo, Drogas e o orgulho mexicano, a banda de um passo bem a frente não só pensando na repercussão e fama das letras, como também a repercussão majestosa dessa capa que chegou a ser proibida em vários países e alavancou de vez essa banda no Cenário Mundial.

A banda na época era formada por membros de bandas famosas como Shane Embury do Napalm Death, Bill Gould do Faith No More e Dino Cazares do Fear Factory.

No Brujeria eles atendem por pseudônimos e tem a ideia de q eles são traficantes famosos procurados pelo FBI e por isso eles usam os pseudônimos e escondem os rostos usando bandanas, bataclavas e bonés.

Com esse álbum eles conseguiram se firmar na cena e dando destaque para essa capa que foi alvo de investigações da Polícia, sendo que está imagem aparecia em uma revista polícial sensacionalista chamada ¡Alarma!.

A cabeça decapitada acabou sendo batizada mascote da banda sob o nome de Coco Loco.

Este álbum acabou por ser um dos mais importantes do Grindcore, pois além do próprio grind, também envolvia elementos do Death Metal e do Metal Industrial. As guitarras afinadas bem abaixo do padrão e sujas assim como os vocais marcantes de Juan Brujo aliados a Pinche Peach e Fantasma. Essa combinação com certeza deu o tom sombrio que eles queriam para as músicas que falam sobre drogas, anti-americanismo e satanismo.

Destaque para as faixas Leyes Narcos, Sacrificio, Narcos Satanicos, Misas Negras, Chingo De Mecos e o Hino Matando Güeros.



TRONO DE HUESOS - 2002

Machetazo

Ainda nos países Hispanohablantes, vamos agora para a Espanha.

O Machetazo é uma das maiores bandas do Metal Espanhol (disso não temos duvidas), que influenciou uma porrada de bandas do gênero e se tornaram um dos principais precursores do Goregrind e do Deathgrind.

Fundada em 1994 na cidade de A Coruña na Espanha, a banda lançou seu primeiro álbum em 2000, mas nesta época eles ainda tinha o Death Metal bem mais aparente que o próprio grindcore, e visivelmente percebe-se a influência do Impetigo na sonoridade da banda.

Mas em 2002 a banda lançou uma de suas melhores obras em marcou o seu nome na história do Grindcore. Ainda com influências do Death Metal, a banda passou a ficar mais próxima do Hardcore Punk e do Grindcore, e aqui mostrou um grindcore extremamente veloz com riffs bem marcantes e um gutural devastador.

Digamos que aqui o influência do Hardcore Punk foi decisiva para tornar esse álbum um clássico da banda, isso porque a banda - antes desse álbum - ainda não usava excessivamente os blast-beats e tinha uma linha mais Death, provavelmente influenciada pelo Autopsy.

Os destaques deste álbum vão para as músicas "Banquete Funerário", "Garrote Vil", "Purificación A Través Del Dolor", "Engendro" e "Ataque Simio".



WORLD EXTERMINATION - 2007

Insect Warfare

Fundada em 2004, o Insect Warfare tem discografia considerável, porém a maioria das gravações são Splits, EPs e coletâneas. Em relação à álbuns de estúdio, a banda só tem o World Extermination que foi lançado em 2007 e algum tempo depois foi relançado em escala mundial fazendo com que assim a banda ganhasse o mundo com um grindcore de alta qualidade, bem diferente de algumas outras bandas atuais que são mais "genéricas".

Infelizmente a banda não durou muito tempo e acabou em 2017.

O seu único álbum é uma obra prima do Grindcore, e apresenta uma mescla com o Brutal Death Metal tornando o som extremamente pesado com os riffs de Grindcore, e o peso do Death Metal.

Digamos que o grande destaque destaque da banda está por parte do baterista Dobber Beverly com toda a velocidade e técnica ele com toda a certeza do mundo soma à sonoridade da banda.

Os vocais de Rahi também são muito bem executados com gritos rasgados e o gutural de "cão raivoso"

As faixas em destaque são: "Oxygen Corrosion", "Self Termination", "Manipulator", "Decontamination", "Human Trafficking" e "Lobotomized".



EXTREME CONDITIONS DEMAND EXTREME RESPONSES - 1992

Brutal Truth

Ainda na brutalidade e pancadaria excessiva temos a obra que segue a mesma linha do World Extermination. Diretamente dos Estados Unidos temos uma das maiores bandas do gênero que ao lado de Napalm Death, Repulsion e Carcass, ajudaram a disseminar e popularizar o grindcore.

O Brutal Truth surgiu no final dos anos 80 como um projeto do baixista Danny Lilker que na época fazia parte da banda de Crossover Thrash, porém ele queria espandir para uma coisa mais brutal e então formou o Brutal Truth com Kevin Sharp nos Vocais, Brent McCarthy e Scott Lewis na bateria.

Aqui neste álbum o intuito for de fazer um som de revolta e letras politizadas, falando dos seres humanos como se fossem animais pelos atos que cometem. O lance dos animais foi tão levado a sério que Bill Yurkiewicz foi contratado para a banda para fazer os backing vocals, barulhos e sons de animais nas músicas.

Realmente resultou em um negócio bem brutal, os vocais de Kevin Sharp são extremamente agressivos e bem colocados em relações aos gritos rasgados que dão um tom mais caótico à música. A bateria tem parte na criação pois Scott não fez "carinho" nela e pegou pesado na música "Regression / Progression".

Aqui a banda também emplacou um recorde com o videoclip mais curto para a música "Collateral Damage".

O álbum também foi eleito pela magazine Terrorizer como o melhor álbum de Grind dos Estados Unidos em 2009.

Os destaques vão para as músicas "Birth Of Ignorance", "Stench Of Profit", "Regression / Progression", "Walking Corpse", "Monetary Gain" e "Anti-Homophobe".



WORLD DOWNFALL - 1989

Terrorizer

Como falar de grindcore e não mencionar esses caras???

Ao lado do Napalm Death, Carcass, Repulsion e Brutal Truth, o Terrorizer é dito como uma das bandas essenciais para o Grindcore.

Quando a banda foi formada em 1986 todos os membros já eram conhecidos por fazerem parte de outras bandas famosas.

O baixista Alfred Estrada e o cantor Óscar Garcia já faziam parte do Nausea, Jesse Pintado fazia parte do Napalm Death e Pete Sandoval e David Vincent (que gravou o baixo do World Downfall quando Alfred saiu) faziam parte do já consagrado Morbid Angel.

Apesar de ter sido baixista de estúdio para o Terrorizer, David Vincent nunca foi considerado um membro do Terrorizer, até porque ele só gravava músicas que existiam a ano.

Aqui no World Downfall, vimos o surgimento de mais um subgênero do Grindcore, o Deathgrind. A mistura de músicos talentosos resultou em um grindcore mais bem cadenciado e trabalhado, principalmemte por causa de Jesse que era um excelente guitarrista e criava muitos bons riff e também a técnica, precisão e velocidade de Pete Sandoval, um monstro nas baquetas.

O trabalho tão bem feito que as vezes é confundido com o próprio Death Metal, mas o álbum é uma perfeita mescla do Death e do Grind: ao mesmo tempo em que é técnico ele é direto e sem muitas enrolações, as músicas não são tão pequenas e nem longas, são simplesmente perfeitas.



HATE BREEDS SUFFERING - 2002

Lock Up

Como falar de Jesse Pintado eu não mencionar o seu fabuloso trabalho no Lock Up???

Aqui temos uns dos álbuns mais destruidores do gênero e com certeza é uma parada obrigatoria por causa de sua extrema qualidade técnica, não só apresentada por Jesse mas por toda a banda:

Nick Barker (Brujeria) com sua técnica e velocidade impecável, Shane Embury (Napalm Death, Brujeria) dando aquele timbre pontente com seu baixo e Tomas Lindberg (At The Gates) com seu trabalho fantástico como vocalista.

A som apresentado nesse álbum é uma coisa de outro mundo, tipo de coisa que você só vai ver aqui no Lock Up. O ritmo caótico e a velocidade impressionante tornam o álbum único e incomparável.

E tão indescritívelque eu acho melhor parar por aqui e deixar que vocês mesmos escutem o álbum.

O álbum é tão impecável que se fosse recomendar uma música pra vocês escutarem acabaria falando todas as músicas do álbum.



FROM ENSLAVEMENT TO OBLITERATION - 1988

Napalm Death

Ainda pelos clássicos das antigas voltamos com a maior banda do gênero que depois de 1 ano resolveu gravar em definitivo o álbum que havia sido escrito e lançado como uma demo há algum tempo atrás, só que aqui a banda já estava estabilizada, bem diferente do que no Scum, em que a banda estava passando por mudanças e chegou a grava-lo com vários integrantes diferente nas músicas.

Em 1988 a banda contava com Lee Dorrian no vocal, Shane Embury no baixo, Jesse Pintado na guitarra e Mick Harris na bateria e vocal, sendo que Mick é o único membro que esteve presente no Scum e no From Enslavement To Obliteration. Com essa mudança de formação e a saída de Nick Bullen, não restou nenhum membro original.

Diferente do que vimos anteriormente, aqui o Napalm Death está bem mais técnico do que em seu debut. Isso acontece pricipalmente por causa da entrada de Jesse Pintado assumindo as seis cordas, e com certeza ele trouxe a técnica do Terrorizer para o Napalm Death.

Aqui as músicas mantêm o pique do primeiro álbum mas a tecnica nas guitarras torna ele bem "melhor" de ser escutado. Como exemplo podemos pegar as músicas "Unchalleged Hate" e a faixa titulo como exemplo do que estamos falando.



HORRIFIED - 1989

Repulsion

Falamos e falamos dos caras mas só agora chegamos neles.....

O Repulsion vem diretamente do Michigan, Estados Unidos, sendo fundada em 1983 sob o nome de Tempter, mudou para Utraviolence depois para Genocide e finalmente Repulsion.

Quando a banda foi fundada por Scott Carlsson e Matt Olivo ela tinha um proposito de ser uma banda de Hardcore Punk, porém a medida que o tempo foi passando eu a formação se firmando, a banda ficou cada vez mais pesada até atingir o Grindcore e o Death Metal.

Para ser mais preciso, a banda atingiu seu status de "perfeição" quando o baterista Dave Hollingshead assumiu a posição e deixou o som da banda mais veloz com seus blast-beats feitos sem uso de pedal ou bumbo duplo.

O álbum Horrified foi gravado originalmente em 1986 e lançado como uma demo no mesmo ano, e apóso lançamento desta demo a banda acabou. Mas em 1989 a banda inglesa Carcass começou a distribuir uma compilação chamada Horrified pela própria gravadora.

Essa compilação nada mais era do que a demo que o Repulsion havia gravado com um nome diferente.

A fama da banda foi tanta naquela época que eles resolveram voltar a ativa. O álbum Horrified foi remasterizado em 2003 pela gravadora Relapse, sendo oficialmente o primeiro álbum da banda.

Nesse album a banda evoluiu muito em relação a sua fase mais punk.

Os vocais guturais mais gritados e secos aliados a riffs punk extremamente velozes com a bateria metranca virou a marca registrada da banda e consolidou eles como um dos criadores do gênero ao lado do Napalm Death.

Entre os destaques temos as faixas "The Stench Of Burning Death", "Eaten Alive", "Black Breath", "Bodily Dismemberment", "Splattered Cadavers", "Radiation Sickness", "Six Feet Under", "Repulsion", Maggots In Your Coffin" e a faixa título.



DAMAGE 381 - 1997

Extreme Noise Terror

Como falar de grindcore sem que o Hardcore Punk não venha junto??

É impossível achar uma banda de grindcore que não tenha lá suas influências do Punk principalmente quando essa banda se trata do Extreme Noise Terror, afinal, eles eram uma banda de Hardcore Punk antes de chegarem ao grindcore.

O mesmo aconteceu com bandas como Napalm Death e o Repulsion ditos os "pais do Grindcore".

No caso do Extreme Noise Terror a evolução foi mais lenta, e mesmo indo para os lados do grindcore a banda nunca deixou de ser punk.

Neste álbum temos algo um tanto interessante...

A banda tem 2 cantores.

E um dos cantores e nada mais nada menos que Mark Greenway, cantor do Napalm Death.

Com certeza aqui temos um índice de brutalidade bem alto com músicas velozes, uso intenso de pedal duplo, guitarra ainda bem punks e a variação de vocais entre Phil Vane, Dean Jones e Mark, que aumentam o nível de adrenalina no álbum.

Os destaques do álbum são: "Utopia Burns", "Icon Of Guilty", a faixa título e "Downside".



HUMAN ERROR - 1987

Unseen Terror

Aqui temos mais uma banda que vem de Napalm Death e redondezas. Desta vez a banda tem como integrantes Mitch Dickinson e Shane Embury do Napalm Death.

É fato que Shane Embury sempre foi um fanático pela música extrema e aqui também há a famosa linha que separa o Hardcore Punk do Grindcore.

Desta vez Shane não assumiu o baixo ou a guitarra, aqui ele desmpenha seu papel na bateria, e não desanimou não.

As músicas do Unseen Terror são velozes ao estilo Hardcore Punk, e nos pontos altos entram os blasts-beats com riffs mas "motoserrados", sempre presentes nas músicas das bandas.

O vocal não chega a ser exatamente um gutural, e um vocal mais agressivo que lembra bastante o vocal de Óscar Garcia do Terrorizer.

Os destaques vão para as músicas "Unseen Terror", "Death Sentence (Of The Innocent)", "Burned Beyond Recognition", "Hysteria", "Deliverance" e "Beyond Eternity".



STRESS RELATED - 1990

Righteous Pigs

Mais uma banda pertencente ao círculo do Napalm Death. Dessa vez o Righreous Pigs está ligado ao Napalm Death através do guitarrista Mitch Harris, que entrou no ND em 89.

Aqui, o lance do Righteous Pigs é bem mais técnico do que o das demais bandas que foram apresentadas até aqui. O grindcore é incorporado ao Death Metal e ao Hardcore, não o contrário.

As músicas são bem mais cadenciadas, não são inteiras no blast-beat, as guitarras são mais trabalhadas nos riffs de Death Metal com uma pegada bem punk. Os destaques vão para as músicas "Eulogy", "Boundries Unknown", "Turmoil", "Overdose", "Crack Under Preasure" e "Manson Clan".



WHAT'S THE TRUTH - 1990

S.O.B.

Como falar de grindcore e não falar desses caras do Japão??

Aliás, o Japão é uma das maiores potências quando se fala de Hardcore Punk, Grindcore e Noisecore.

O Socialised Organized Barbarians, ou simplesmente S.O.B., era uma banda de Hardcore Punk inicialmente, mas a medida em que ele adicionavam as metrancadas nas músicas, a banda foi se aproximando do Grindcore até alcançar seu ponto de perfeição com o What's The Truth lançado em 1990, mesmo ano em que o Napalm Death lançou o Harmony Corruption.

Não mecionamos o Harmony Corruption em vão, até porque os dois álbuns são muito parecidos, porém, digamos que o Napalm Death se aproximou mais do Death Metal nessa época. Já o S.O.B. ficou inteiramente no Grindcore, e vemos aqui uma banda musicalmente madura, apresentando um negócio bem diferente do visto nos álbuns anteriores.

A banda conseguiu equilibrar perfeitamente a pancadaria dos álbuns anteriores com uma técnica mais eficiente no What's The Truth. O vocal agora está especializado no gutural, sendo que nos álbuns ateriores a banda usava um rasgado sujo característico das bandas Japonesas de Punk. As guitarras continuaram as mesmas porém um tanto mais técnicas, afinal o S.O.B. sempre teve a talento para criar um grind, só precisavamsair um pouco da zona de conforto do Punk.

Os destaques do álbum vão para as músicas "Over The Line", "Unseen Terror", a faixa título e "Repeat At Lenght".



ANTICAPITAL - 1991

Assück


Em apenas 10 anos não dá pra dá pra fazer um trabalho marcante, certo???

ERRADO

O Assück foi uma banda de grindcore que esteve em atividade entre 1988 e 1998, lançou dois álbuns e alguns EPs. Esse pouco já foi o bastante pra banda se consolidar entre os 10 mais do grindcore e ser um dos precursores do Deathgrind.

Pena que o Assück só começou a ser prestigiado após o fim da banda.

O Anticapital é o primeiro álbum da banda e logo de cara já mostra a faceta violenta da banda com um som veloz, direto e curto, com o peso das guitarras do Death Metal. As letras são completamente voltadas à crítica ao mundo capitalista, tema bastante explorado no grindcore.

Com certeza essa é uma play obrigatória do gênero e apesar de ser um álbum de curta duração, tem muita coisa que pode ser explorada pelo ouvinte.



RAZOR SHARP DAGGERS - 1995

Agathocles

Ainda na onda do Deathgrind, temos aqui mais uma parada obrigatória no gênero, e em minha opinião este álbum é um dos melhores exemplos de grind que você pode dar à um leigo.

Com 44 faixas tocadas em 1 hora e 15 minutos de play, o Razor Sharp Daggers é o segundo álbum do lendário Agathocles diretamente da Bélgica, inventor do Mincecore.

Lançado dois anos após o debut, a banda aqui se encontra em perfeito estado de inspiração, e bem mais longe do Death Metal do que o apresentado em seu primeiro álbum. 

Aqui temos uma produção bem visceral, veloz e violenta. A regra do "faça em dois minutos ou menos" é levada bem à sério apesar de algumas músicas ultrapassarem um pouco. Neste álbum a banda apresentou um pouco do que seria reproduzido em seus seguintes álbuns.



INHALE / EXHALE - 1998

Nasum

Aqui vai mais uma banda lendária do grindcore, diretamente da Suécia temos o Nasum, banda que mudou um pouco do conceito do que se tinha do grindcore até a época.

Aqui vemos um grindcore que está um pouco mais próximo do Death Industrial, com guitarras extremamente barulhentas composições curtas e muita sujeira.

Diferente do comum, a banda tem um timbre específico nas guitarras que deixa o som bem mais "barulhento" do que as outras bandas de grind.

Infelizmente a banda chegou ao fim por causa do Trágico Tsunami de 2004 na Indonésia, e acabou matando o cantor Mieszko Talarczyk. A banda deixou um legado gigantesco que se espalhou em várias bandas do grind, como por exemplo a banda Rotten Sound, banda do cantor Keijo Nimiima que foi vocalista do Nasum nas apresentações posteriores a morte de Mieszko.



A LONG COLD STARE - 2002

Rot

O Brasil tem algumas bandas que representam muito bem o grind nacional, e não podemos deixar de citar esta banda que surgiu no ano de 1990 em São Paulo e já chegou a participar do Obscene Extreme Festival, festival de maior referência no mundo grind.

Aqui temos a obra magnânima do grind brasileiro, altamente inspirado nos gigantes do Agathocles, fazendo um Mincecore de respeito e jogando o Brasil no cenário mundial do gênero mais extremo de todo o mundo do Metal.

Em questão de som a banda não decepciona, a porradaria é extrema e em momento algum do álbum seus ouvidos tem descanso. E soco atrás de soco. As músicas aq não passam dos 2 minutos, e com certeza cumprem a regra de todo o bom grind.



E aí galera, gostaram da matéria??

Faltou algum álbum??

Deixem suas opiniões nos comentários, quem sabe rola uma segunda parte....



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