A produção do álbum foi feita pelo próprio Fabiano Negri em parceria com Ric Parma. A arte da capa e dos encartes foram feitos por Wagner Galesco. Nas gravações temos Fabiano Negri fazendo os vocais, guitarras e bateria enquanto Ric ficou encarregado de gravar o baixo. Houve também uma participação especial de Ian Pinheiro, filho de Fabiano Negri, que gravou a bateria na música "Bloody Dawn" e os backing vocals na música "Princess' Stoned Sleep".
Fabiano Negri |
Neste mais novo trabalho Fabiano entrou de cabeça no peso do Heavy Metal. Como principal pilar deste álbum, o cantor se inspirou no Black Sabbath: um mix do Heavy Metal clássico com guitarras mais sombrias ao estilo do Doom Metal misturados a pegada já costumeira do cantor no Hard Rock, em alguns momentos uma pegada mais obscura e carregada em outros mais próxima dos andamentos mais tradicionais do Heavy/Hard que ouvimos em bandas como Ozzy, Rainbow, Uriah Heep e Nazareth.
A temática central do álbum foi falar do preconceito contra a mulher no Rock e Metal, segundo o próprio Fabiano:
"A história narra a queda e a ascensão de uma mulher que, dependendo do ponto de vista, pode ser tanto uma heroína como uma tremenda vilã".
O álbum começa compassado com a música "The Pure And The Damned", com aquele riff pra chegar metendo o pé na porta que em seguida se torna um Doom 'a la' Black Sabbath e vocal lento, que logo em seguida sobe o tom e mostra o por que Fabiano está aqui.
A faixa que vem a seguir, "The Night Stairway" foi o primeiro single a ser divulgado. Quando eu escutei antes do lançamento, essa faixa com toda certeza me deixou na espectativa. Aqui ele nos traz um rock mais clássico fazendo ponte para um entrada mais veloz com um riff sensacional que para em um refrão que dificilmente sai da cabeça.
Em "Seven Reasons To Die" e "The Universal Builder" o som vem um pouco mais compassado ao estilo Stoner, rastejante e mostra a consistência do baixo no andamento da música, com a segunda terminando na base da melodia.
Na faixa "Envy's Lust" temos uma sonoridade mais bem desenhada, um pouco menos Doom, puxando mais para algo como a sonoridade do Dio, com vocais muito bem colocados, marcando cada melodia da música perfeitamente.
A fórmula da faixa anterior prossegue na música "Bloody Dawn", só que aqui temos um andamento mais linear, com arranjos mais simples lembrando um pouco da pegada do Iron Maiden.
Em "Princess' Stoned Sleep", um som mais calmo ao estilo do Deep Purple, acompanhado de uma pegada mais blues nas guitarras com acordes mais comportados.
A última faixa do álbum, trata-se da faixa título "Zebathy (The Mistress Of Darkness)", que é o mais próximo que chegamos de realmente termos uma balada no álbum, nela Fabiano Negri mostra o porque ele é um ótimo vocalista, indo do vocal mais calmo, quase falado, para o vocal mais agudo 'desenhando' nos picos e vales da música, performance simplesmente perfeita e impecável aqui.
Na minha opinião, o álbum é simplesmente sensacional e já é meu trabalho favorito do cantor, e provavelmente um dos melhores álbuns do ano. Curti muito a sonoridade e aproveitei cada minuto de audição pois aqui o cantor tratou de fornecer um som de qualidade ao bom estilo dos anos '70. Me lembro de sentir uma sensação tão boa quanto eu tive ao ouvir o álbum "Scarecrow" debut da banda russa Scarecrow lançado em 2019.
"Zebathy" é simplesmente satisfatório do início ao fim, recomendo muito você ouvir esta obra prima.
Nota: 10,0
Faixa Favorita: não deu pra escolher só uma, fico com "The Night Stairway" e "Zebathy (The Mistress Of Darkness)".
No comments:
Post a Comment